Golpes no Carnaval: Pix adulterado e perfis falsos de lojas carnavalescas lideram fraudes, aponta pesquisa
Uma pesquisa realizada pela fintech Koin revelou que os foliões enfrentam um alto risco de fraudes e golpes durante o Carnaval. Entre os 250 entrevistados em todas as regiões do Brasil, 18,4% afirmaram já ter sido vítimas de algum tipo de golpe ou fraude durante a festa. Os golpes mais comuns envolvem Pix ou QR code adulterado (46,4%), seguido por perfis falsos de lojas que vendem produtos ou serviços carnavalescos (35,7%).
O levantamento também mostrou que 90% dos entrevistados já tiveram o celular roubado em meio à folia. O uso do aparelho em locais com grande aglomeração e a busca por produtos e serviços de última hora contribuem para a vulnerabilidade dos consumidores. Este ano, 78% dos foliões pretendem levar o celular para os blocos de rua durante a data.
Outros golpes mapeados incluem clonagem de cartão ou cobranças indevidas em transportes (21,4%), roubo de celular seguido de invasão de contas bancárias ou clonagem de WhatsApp (17,9%), venda de ingressos falsos (14,3%) e fraudes em hospedagens, como anúncios falsos ou cobranças irregulares (10,7%).
Os prejuízos financeiros também chamam a atenção: 28,6% das vítimas perderam entre R$ 100 e R$ 500, enquanto 21,4% relataram perdas superiores a R$ 1.000. Apenas 17,9% conseguiram escapar sem prejuízos financeiros.
Mesmo diante desse cenário, a pesquisa mostra que 72% dos foliões afirmam adotar medidas de proteção contra fraudes, enquanto 12,5% se protegem apenas ocasionalmente. Já 15,1% admitem não tomar nenhuma precaução, tornando-se alvos fáceis para criminosos.
Entre as estratégias de proteção mais citadas estão: evitar fornecer dados pessoais ou bancários para desconhecidos (66,4%), não sacar dinheiro em caixas eletrônicos próximos a eventos (51,3%), ativar autenticação em dois fatores em celulares e apps bancários (46%) e conferir a autenticidade de QR codes e anúncios de hospedagem (36,8%).
Os foliões também adotam medidas para proteger seus celulares: 68,4% evitam expor o aparelho em locais movimentados, 53,9% ativam o rastreamento remoto, 44,7% utilizam senhas fortes e biometria para desbloqueio e 32,9% chegam a desativar o Pix ou reduzir os limites transacionais durante a folia.
Em caso de furto ou roubo, 34,9% dos entrevistados disseram registrar um boletim de ocorrência e o mesmo percentual afirmou que bloqueia o aparelho remotamente. Outros 22,4% priorizam avisar o banco para bloquear transações e evitar perdas financeiras.
A pesquisa também mediu a percepção de segurança em pagamentos digitais durante o Carnaval. O resultado mostra que 38,2% evitam ao máximo pagar digitalmente, 34,9% se sentem muito seguros ao usar esse meio de pagamento, 19,7% se dizem moderadamente seguros e 7,2% se consideram inseguros.
Gabriela Jubram, Head de Marketing da Koin, reforça que a alta concentração de pessoas nos blocos e eventos cria um ambiente propício para fraudes e roubos. “A educação financeira e digital é fundamental para que as pessoas possam curtir o Carnaval com mais segurança. Práticas como uso de senhas fortes, biometria e controle de acesso aos aplicativos podem reduzir significativamente os riscos”, afirma a executiva.
Com informações E-Commerce Brasil.